versos de viés enfadonho
pelos dias esquisitonhos
perpassa grande alegrura
de sabonetar-te inteira
baunilha e laranjeira
liberto das lagrimaduras
viajante eu parto no sonho
escrevente de versos bisonhos
na tua púbis de capinadura
quando percorro tuas cadeiras
subo dos pés até as cumeeiras
a poetar pela tua textura
alguns versos de viés enfadonho
abraço aos desejos medonhos
mergulhados nas tuas farturas
a brincar nas delícias faceiras
balbuciantes palavras rameiras
e quando a coisa fica mais dura
quer entrar e sair sem estrondo
nos recantos de encantos redondos
a jorrar os fluidos da cura
sacharuk