poeta nu - acróstico
Pelado!
O maldito poeta
Esteta
Trafegava
Alamedas e anseios
Na alma trajava
Um verso livre
sacharuk
### #somos mimese dos desadornos - alguns lua outros lâmpadas - outros rio alguns balde - as adversidades da estética#
não estou para falar de amor se ele ainda não dói, nem rói, nem pede flor. Não há flores na minha poesia, as arrancadas são mortas, são decoração de sepultura. Meu poema é heresia. Conheço esse tal de amor, não encontrei deus algum e amor e deus até podem ser compatíveis mas não dependem um do outro, o único ponto em comum: eles não são invencíveis. Não falarei de coisas que desconheço, pois o meu apreço é pelo amor que sinto e não devo a uma criatura que o senso comum insinua e minha cabeça não atura. Minha escrita é a riqueza que colho do meu presente, mesmo que seja inventado, pois poeta mente, mas não se faz ausente, e eu não vivo de passado nem me dedico à tristeza, só quando fico parado. Grito contra o que abomino e não suporto determinismo. Minha ferramenta é o poema e meu alvo é o sistema. Sou tipo existencialista meio insano, meio analista, falso moralista, talvez sartreano. Tenho a marca da história. Todo gaúcho é artista e sou pampeano com muita honra e glória. Sou amigo da filosofia e esta não é feita de fadas, nem gnomos e crenças,nem de almas penadas ou universais desavenças. Eu vim aqui escrever poesia e isso para mim não é só brincadeira, pois no fim, o que consome energia é o abre e fecha da porta da geladeira.

Elba e Valdir - acróstico
Elba e Valdir
E lba de sol e malmequer
L ançou pétalas pelos canteiros
B ravia dama tal fosse o cardeiro
A mãe-natureza disposta em mulher
E m rara beleza viveu seu amor
V aldir nutriu-lhe calor em luzeiro
A primavera do seu bem querer
L ume de sonhos em pleno esplendor
D essa magia de amor verdadeiro
I ncandescências fizeram irromper
R ebentos tão lindos da sua flor
sacharuk
E lba de sol e malmequer
L ançou pétalas pelos canteiros
B ravia dama tal fosse o cardeiro
A mãe-natureza disposta em mulher
E m rara beleza viveu seu amor
V aldir nutriu-lhe calor em luzeiro
A primavera do seu bem querer
L ume de sonhos em pleno esplendor
D essa magia de amor verdadeiro
I ncandescências fizeram irromper
R ebentos tão lindos da sua flor
sacharuk
presente grego
presente grego
chama os viventes
as pitonisas
os consulentes
ao casamento da nereida
chama os imortais
hierofantes
o soberano de Atenas
Afrodite entregou Helena
ludibriou Menelau
Páris ganhou a guerra
e Tróia
seu cavalo de pau
sacharuk
chama os viventes
as pitonisas
os consulentes
ao casamento da nereida
chama os imortais
hierofantes
o soberano de Atenas
Afrodite entregou Helena
ludibriou Menelau
Páris ganhou a guerra
e Tróia
seu cavalo de pau
sacharuk
princesa de areia
princesa de areia
ela era a princesa
do reino da freguesia
e seus dotes de musa
orgulhavam a realeza
que a mantinha reclusa
eu a observava de cima
sobre castelos de areia
e sempre lá estava ela
a mais linda donzela
de toda a aldeia
eu a olhava disperso
entre o dia e a ceia
e ela lia meus versos
entre a ceia e o dia
trocávamos poesia
quisera jogasse tranças
tal a linda Rapunzel
eu teria mais esperança
de tirá-la dessa cadeia
da mente que devaneia
em mundos de papel
sempre a vejo
como a Cinderela
ou a princesa Bela
aguardando adormecida
que o meu beijo
restitua sua vida
sacharuk
ela era a princesa
do reino da freguesia
e seus dotes de musa
orgulhavam a realeza
que a mantinha reclusa
eu a observava de cima
sobre castelos de areia
e sempre lá estava ela
a mais linda donzela
de toda a aldeia
eu a olhava disperso
entre o dia e a ceia
e ela lia meus versos
entre a ceia e o dia
trocávamos poesia
quisera jogasse tranças
tal a linda Rapunzel
eu teria mais esperança
de tirá-la dessa cadeia
da mente que devaneia
em mundos de papel
sempre a vejo
como a Cinderela
ou a princesa Bela
aguardando adormecida
que o meu beijo
restitua sua vida
sacharuk
qualquer distinto poeta
qualquer distinto poeta
se nalgum desses dias
qualquer distinto poeta
bater em retirada
que ninguém se preocupe
não é mais que nada
quando há coisas mais
notoriamente importantes
com o que se preocupar
se nalgum desses dias
qualquer distinto poeta
inventar de fazer revoada
que ninguém se perturbe
vem de asa quebrada
novamente na busca da paz
sempre tão distante
que nunca consegue alcançar
sacharuk
se nalgum desses dias
qualquer distinto poeta
bater em retirada
que ninguém se preocupe
não é mais que nada
quando há coisas mais
notoriamente importantes
com o que se preocupar
se nalgum desses dias
qualquer distinto poeta
inventar de fazer revoada
que ninguém se perturbe
vem de asa quebrada
novamente na busca da paz
sempre tão distante
que nunca consegue alcançar
sacharuk
quem dera
quem dera
a fome persevera
tramo o novo cortejo
na ansiedade da espera
de bater à tua porta
tua dor de menina
não é dor de mulher morta
quando teu corpo inclina
tu te convertes em fera
devoras e desatinas
tu mandas e eu obedeço
sou de natureza torta
teu castigo me ensina
tua boca exaspera
dentes lábios desejo
tolo espero um beijo
mas não me pertence
quem dera
sacharuk
sementes irresponsáveis
sementes irresponsáveis
existo enquanto escolho o significado dos meus feitos
a mim não compete determinar
coisas prontas fogem às mãos
pertencem ao mundo das percepções
minha existência aufere significado
nenhuma viagem nenhuma passagem ou lapso de tempo pode evitar
jogo sementes irresponsáveis pela janela do avião
vingam apenas as que quedam sobre o estrume das vacas
mas as restantes não caem em vão
imitam pó de estrela grudam com o orvalho
que deita sobre os telhados e derretem ao sol do meio-dia
sacharuk
vitruviano
vitruviano
vitruviano cânone
da proporção áurea
e linhas harmônicas
tua beleza clássica
perfaz matemática
dos corpos torneados
vitruvianos ângulos
da perfeita estética
dos traços formosos
a ti
e aos homens nus
o inverno impiedoso
chegará outra vez
sacharuk
vitruviano cânone
da proporção áurea
e linhas harmônicas
tua beleza clássica
perfaz matemática
dos corpos torneados
vitruvianos ângulos
da perfeita estética
dos traços formosos
a ti
e aos homens nus
o inverno impiedoso
chegará outra vez
sacharuk
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