pernas
amor, recebo teu presente
e como sempre
eu vou às estrelas
te vejo reluzente
nas curvas belas
arcoíris resplandescente
em pastéis e cianetos
de discretas nuanças
vermelhas
e amarelas
as tatuadas sentenças
na tua pele libélula
inspiram sonetos
milongas, vaneiras
e tarantelas
doces matizes na tela
a florescer nos tercetos
amor, eu fico contente
bem ali na minha frente
as tuas poses singelas
a coroar meu momento
um arrepio violento
entorta as tabelas
tal golpe de vento
tal golpe de vento
e me faz sorridente
na plenitude inocente
prazeres à luz de velas
e revivo as novelas
que semeiam promessas
nessas tardes quentes
com chuva na nossa janela
a alimentar esperanças
convites a outras danças
amor, eu esqueço as mazelas
e sigo leve tal criança
se encontro o oriente
no doce rio da nascente
que se forma entre
tuas pernas
tuas pernas
sacharuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário