enquanto cantam sirenas
fecham-se as cortinas
dos tempos insones
eu canto aos suspiros
enquanto cantam as sirenas
meu nome
escorrido em gotas
na vidraça da janela
sou deserto iluminado
universo alquebrado
enganos do dia
rasgam-se memórias
dos versos infames
eu canto aos suspiros
enquanto cantam as sirenas
meu nome
enterro solene
pássaros mortos
no quintal de terra
arranco a casca leve
das estranhas magias
com sentenças breves
escritas sem letras
e transporto
clichês borboletas
sobre as asas
da minha poesia
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