tesoura
não faças fita
do elástico
que aperta minha cueca
samba-canção dilacerado
grito rasgado
onde o saco
se agarra à cintura
não faças fita
dos meus carpins
minhas meias
elastano e cetim
que escondem frieiras
não faças fita
da minha camiseta
a mesma que usaste
para secar a boceta
logo limpaste
a boca suja de leite
não faças fita
da fatiota de defunto
preciso usá-la muito
nas orgias celestes
não faças fita
das minhas vestes
senão fico pelado
todos verão deslumbrados
a dimensão
daquilo que queres
de mim cortar
de mim cortar
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