Néctar dos pés alados
Pressinto que é agridoce
o aquoso sabor das palavras
das tuas glândulas
vertidas
provei teus açúcares
ao prato das etimologias
me ensinou a poesia
que nunca é doce
a catarse
tuas anteras
são armadilhas infames
ao pássaro desavisado
que de janela em janela
esparrama teu pólen
por outros cercados.