o pueril balanço das roupas
a disposição era torta
contemporânea instalação
expostas em qualquer bienal
numa concepção universal
pendiam sarrafos do chão
tal atlas das roupas rotas
uma jazida de células mortas
oculta nos poros de um blusão
das brisas que sopram varal
ventam roupas em cor desigual
pingos pingados na imensidão
numa organização tão incerta
pediam por uma área aberta
para poder arejar o colchão
e secar os fluidos ao sol
esfregados com branco total
com gancho grampo e cordão
penduravam um mar de gotas
de limpas cheirosas e fofas
tramas têxteis de ilusão
sacharuk