O grito que te rasga a voz
renuncia aos teus argumentos
evoca barbáries
lamentos
apressa as intempéries
de todos os tempos
o grito te desata o nó
faz retalhos
provoca catarses
estragos
no abismo dos impasses
risca um atalho
Talho rouco na pele do eclipse
faz sangrar os céus
em magentas azulados
gotas de medo e espasmos
nos céus de todos os ritos
Varamos as madrugadas desnudas
silenciosos ecos flamejantes
por entre fogueiras errantes
estrelas dançantes riscadas no chão
E Enfim,
O berro ecoa lancinante
Fazendo malabarismos de instantes
E morre gelado na glote
Outra vez.
sacharuk e Márcia Poesia de Sá