Era maio, talvez setembro..
De tudo o que eu era restou somente palavras. Logo, não mais do que palavras é o que agora sou. Me alimento de sonoros substantivos.
Fiz brotar húmus de flor para voltar ao princípio. Danço agora, sapateio com o verbo.
Risquei um tempo insano sob o prisma de qualquer existência. Era tarde, quase noite, quando uma tremenda chuva de versos, diluídos com whisky, derramou-se e,despudoradamente, fui banhado. Parti ao encontro da palavra pelado das roupas, das crenças e das ciências.
Desde então, fez-se outro o meu intento.
Era maio, talvez setembro.. Não sei bem ao certo... lembro apenas de ter visto um poeta pedalando uma bicicleta.
Dia desses tornei a vê-lo. Sentado na asa de um avião.
sacharuk
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