Poema das Almas Inquietas
Das frases suspensas nas fases de estio
vazio suspeito dobrando viéses
das vezes que verso em rima de frio
verbo por um fio remete a reveses
Das vozes sedentas das dores de cio
fastio que sustenta solvendo osmoses
das doses de inverno em clima sombrio
o inferno bravio reclama os algozes
Das vezes que o vento ventou sobre as folhas
daquelas escolhas tidas como certas
das reses cobertas, envoltas em bolhas
perto se fez longe das portas abertas
Das bases que o tempo calcou sobre as formas
das normas cuspidas julgadas corretas
das fezes fedidas banhadas de aromas
forjou-se o poema das almas inquietas.
Lena Ferreira & Sacharuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário