dos pampas ao topo do céu
eu venho de longe
trago no alforje
um saco de pão e mel
a garrafa de cana
o livrinho de papel
e uns quarenta gramas
percorro vielas estranhas
dos pampas ao topo do céu
onde formigas sucumbem
aos saltos dos sapatos
quando pisam as nuvens
vivo das vidas que vivem
e não assinam contratos
somente se servem
da tolice dos atos
dos ateus e incréus
entre crentes sacanas
percorro vielas estranhas
dos pampas ao topo do céu
onde a ideia se nutre
da crueza dos fatos
derruba engana derrama
hoje comprei um pijama
que tem estampado
o instigante retrato
do chapolim colorado
e seu letal movimento
precisamente calculado
percorro vielas estranhas
dos pampas ao topo do céu
na efeméride dos tempos
acompanho os ventos
quando ventam
baseados
sacharuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário