ausência
poesia minha foi embora
jurou não voltar jamais
levou sua escova de dentes
sumiu pela porta da frente
não sobrou um resquício da paz
dos amores e dores de outrora
jogou suas malas lá fora
e foi atracar noutro cais
restaram os versos recentes
desnorteados e inconsequentes
ecoando estrofes abissais
dissonantes em rimas simplórias
não sei o que faço agora
transmutado em poeta incapaz
minha verve sangra doente
a esperar pela musa ausente
e se não voltar nunca mais
lembrarei das nossas histórias
a secar a saudade que chora
a falta que ela me faz
sacharuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário