larguei minhas rimas
por um dia
para escrever prosa poética
a dita é mais imagética
não levo jeito para isso
um enguiço
e não me surpreende
não sou o Celso Mendes
mas isso não me abate
pois sou poeta
do tipo que liga
batatinha quando nasce
com tomate e alface
daí não dá briga
é só o enlace
poeta que rima
tem a rima como guia
e a danada é que manda
na maldita poesia
coisa de quem
considera o leitor
que sempre espera
algo além do chavão
de juntar amor com dor
coisa sem sabor
a tal prosa poética
favorece o fluxo
e também o refluxo
e incita
uma veia profética
meio descabida
patética e aflita
talvez um dia
a poesia me deixe
como peixe fora d'água
e eu me abrace com a prosa
mas de rosa não sei falar
nem de deus carnaval
natal papai noel e rei momo
o que digo não cabe no céu
e nem no mundo abissal
não sou poeta do tipo
que escreve o que vive
ou que vive o que escreve
mas do tipo que junta
o arquivo e a verve
é a verve
é a verve
sacharuk
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