algumas coisas safadas
sussurro teu nome
desarrumo os cabelos
bebo beijos
e as roupas
já eram poucas
por mim são negadas
d'algumas coisas sagradas
jamais se esquece
vejo a ti tão assim
quando enfim
sinto fome
boca que come
dentes e língua
a dança alucinada
quero ser poeta
entre pernas abertas
sem pressa ou decoro
tal fera alimentada
algumas coisas safadas
eu nunca disse
vejo a ti tão assim
nos confins
dos desejos
entre meus dedos
sou teu homem
me digas que sim
e a mim
não recuses nada
as coxas afastadas
revelam os pelos
ocultam segredos
numa língua embriagada
algumas coisas pensadas
entre minhas tolices
vejo a ti tão assim
em suspiros aflitos
despida dos mitos
traduzida em mulher
meu poema te quer
crua e desvairada
deixo marcas espalhadas
pelas entradas
escorridas nos cantos
percorrendo os encantos
da poesia apaixonada
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