sabes, não quero ser pobre
do humor que rege o espírito
jamais falte a inteligência
e que me sobrem argumentos
por isso queimo na febre
que regenera os princípios
que recolhi da ciência
na esteira dos tempos
qualquer coisa não serve
quero nutrir os meus vícios
honrar minhas preferências
distribuir meus inventos
mas algumas pobrezas me enojam
não é a sujeira das comunidades
não a comida que servem às mesas
ou a fraqueza das nossas certezas
sequer a iminência das calamidades
algumas pobrezas me enojam
são as que dissipam a personalidade
de falsas faces que saem à francesa
das mentiras que inventam verdade
e dos viventes que inventam pobreza
certas pobrezas me enojam
mas nem por isso sou nobre
contudo persigo as riquezas
em versos francos de rimas pobres
sacharuk
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